quinta-feira, 29 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Atividades do dia 29, quinta-feira

Vamo que vamo!!! O país pára, mas a luta negra não!

Para hoje temos:


Oficina de Religiosidade Afro

No Ginásio Estadual do Areal (Domingos de Almeida, 2684) às 14 horas.
Ministrado pelo Bàbálorixá Eurico Olufonjayé.



 





Oficina de Produção de Beats
Na sede do DCE UFPel (Gonçalves Chaves, 660), às 15 horas.
Ministrada pelo Paulo Celente Produções.











Reportagem no Diário Popular sobre o III Agosto Negro


Agosto Negro propõe a reflexão sobre formação cultural de Pelotas

Em sua terceira edição, evento organizado pelo Coletivo Negada realiza diversas atividades no município
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Por: Tânia Cabistany
taniac@diariopopular.com.br

Com práticas focadas na valorização da autoestima da comunidade negra de Pelotas, o 3º Agosto Negro - Mobilizando a Negra Luta vai encerrar a segunda quinzena do mês com o saldo positivo da realização de diversas atividades ligadas à arte, à saúde, à educação e à economia solidária. Organizado pelo Coletivo Negada, o evento é um tempo para estudar, praticar a educação e divulgação sobre a história negra e as condições atuais dos afrodescendentes. Propõe a reflexão, por meio de ações voltadas à juventude periférica, da história e importância do negro para a construção cultural, arquitetônica, econômica e social da Princesa do Sul.

Nesta terceira edição, o Agosto Negro em Pelotas se estabeleceu para debater as questões carcerárias, incluindo a proposta do governo, de reduzir a maioridade penal. Com a temática Mobilizando a Negra Luta, são oferecidas em espaços educacionais e abertos atividades descentralizadas, que induzam ao debate. O trabalho é voluntário, de grupos e indivíduos que são e se fazem parceiros na luta antirracista do Coletivo Negada.

Homenagem ao ex-militante do Movimento Negro de Pelotas, Rubinei Machado, que morreu no início deste mês, marca a programação do Agosto Negro 2013. Rubinei tinha um extenso currículo de atividades ligadas à cultura negra. Presidiu o Conselho Municipal da Comunidade Negra, foi diretor Cultural do Clube Cultural Fica Ahí e membro do Fórum #Cotassim Pelotas. De acordo com a militante do Coletivo Negada, Sassá Souza, o próprio coletivo surgiu através do apoio de Rubinei, que sempre lutou pela reparação, por parte do Estado, dos crimes cometidos contra a população negra. "Por isso, esse Agosto Negro é dedicado a ele", ressalta.

A mão de obra escrava
Pelotas é uma das cidades brasileiras que tiveram uma das maiores concentrações de riqueza no período colonial. “Infelizmente, tudo isso graças à mão de obra escrava, que trabalhou no charque séculos afora e que mantém até hoje a cultura de sobrenomes e heranças das famílias escravistas”, comenta Sassá. Nas atividades do Agosto Negro são levados ao debate assuntos como a culinária afro-brasileira, dança afro, cotas estabelecidas por legislação, oficinas de percussão, técnicas renováveis e de reconhecimento entre outros.

A história do Agosto Negro
O Agosto Negro se originou nos campos de concentração da Califórnia, para homenagear os freedom fighters (guerreiros da liberdade) Jonathan Jackson, George Jackson, William Natal, James McClain e Khatari Gaulden. Jonathan Jackson foi morto a tiros fora do Marin County, Califórnia, em 7 de agosto de 1970, enquanto tentava libertar três combatentes pretos presos: James McClain, William Natal e Ruchell Magee.

Ruchell Magee é o único sobrevivente da rebelião armada. Ele é o ex-corréu de Angela Davis e foi preso por 40 anos, a maior parte em confinamento solitário. George Jackson foi assassinado por guardas da prisão durante uma rebelião na prisão de Black San Quentin em 21 de agosto de 1971. Três agentes penitenciários também foram mortos durante a rebelião. Os funcionários da prisão acusaram seis prisioneiros negros e latinos pela morte dos guardas.

Os seis negros ficaram conhecidos como o San Quentin Six. Para honrar esses soldados caídos, os que participaram da fundação coletiva do Agosto Negro usavam braçadeiras negras no braço esquerdo e estudaram livros revolucionários, enfocando as obras de George Jackson. No mês de agosto não ouviram rádio ou assistiram à televisão. Também não comeram ou beberam nada de sal até o pôr do sol. Realizavam exercícios diários, porque durante a Black Agosto a ênfase é colocada em sacrifício, coragem e disciplina.

“O Agosto Negro é tempo de abraçar os princípios de unidade, autossacrifício, educação política, formação física e resistência”, explica Sassá. A tradição do jejum durante a Black Agosto ensina essa autodisciplina. A consciência é a velocidade com efeito de sol a sol (das 6h às 20h). Isso inclui se abster de beber água ou outros líquidos e comer alimentos de qualquer espécie durante esse período.

Em 31 de agosto, o jejum é quebrado. Deve servir como um lembrete constante das condições que o povo negro enfrentou e ainda enfrenta. “Pode ser desconfortável, mas às vezes é bom lembrar a todos aqueles que vieram e se foram antes de nós”, salienta a militante do Coletivo Negada. ”Se estamos grandes hoje é porque estamos sobre os ombros de muitos antepassados”, completa.

O Agosto Negro visa à difusão dos Movimentos de Luta Negra, em memória aos vários militantes presos e assassinados pelo respeito e a dignidade do povo negro. O evento se espalhou por vários cantos do mundo, como Caribe, África do Sul, França e Rússia. Desde 2002, quando a Coordenadoria da Juventude da prefeitura de São Paulo, em parceria com a Coordenadoria de Assuntos da População Negra, trouxe a mobilização para o Brasil, o país integra o calendário mundial dos eventos que formam o Agosto Negro, ocorrendo em cidades como Salvador e São Luiz.

O que é o Coletivo Negada
O Coletivo Negada é um coletivo autônomo de negros e negras que utiliza a cultura afro e a educação como ferramentas de luta contra os vários tipos de discriminação racial. Surgiu no mesmo ano da primeira edição do Agosto Negro, que teve como temática Memória e identidade, e fez um resgate das ações dos clubes negros da cidade. Trata-se de um grupo de estudantes e não estudantes que se reúne para fomentar a discussão, a pesquisa e as ações em benefício da questão afro.

“Sentimos a necessidade de mais ações para que possamos construir mais espaços para debates de como se dá a participação da população negra neste contexto em que vivemos”, observa Sassá. Ela acrescenta que há mais de 400 anos a população negra contribui para construir o mundo em que vivemos, mas até hoje ainda essa história não foi contada. “Ao invés disso, preconceito e exclusão social imperam sobre a vida das pessoas de ascendência africana”, completa.

Conforme a militante, o objetivo do Coletivo Negada é propor ações contínuas e atividades esporádicas com o objetivo de discutir e se instruir para o debate das questões dos afro-descendentes, completa. “Nossa prática não se vincula com partidos políticos, buscamos construir nossas ações de maneira autônoma, nos unindo a quem tem o objetivo de lutar ou solidarizar-se com a causa afro”, adverte. Mais informações podem ser encontradas no blog coletivo-negada.blogspot.com.

Ensinando a reconhecer a habitação
Reconhecendo a habitação. O título da oficina, em princípio, faria você divagar a respeito da sua moradia, de como ela é. Exato. É isso mesmo, porém, conduzido de uma outra forma, nada convencional, na ótica da arquiteta Lívia Damé e aplicada aos alunos da sétima série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ferreira Viana, na Balsa. Não entendeu? Ela explica: “A proposta é imaginar o bem-estar que pode causar a possibilidade do ambiente que você vive despertar sensações”. E assim ela instigou as crianças a desenharem uma casa ou um ambiente que pensam como seu, como querem que seja.

Levou bergamotas e distribuiu entre os estudantes para resgatar a questão cultural do gaúcho, de comer a fruta no sol. Uma sensação boa. A partir de hábitos simples como esse ela lançou o desafio da construção, na ponta do lápis e no papel. “Se uma cor te faz bem, pinta a parede de sua casa com ela. Se uma horta te faz feliz, planta para depois poder colher”, ensinou.

Igor Marins, 13, iniciava então o desenho de sua casa. “Bem grandona”, definiu, ao justificar o motivo: pretende ter três filhos e cada um vai ter o seu quarto. A colega Ingrid Miranda, 13, ao contrário, iria “produzir” uma casa pequena, mas acabou fazendo grande porque menor é mais difícil de desenhar, admitiu. No futuro vai dividir a moradia com a colega e melhor amiga, Andressa.

Cultos religiosos e o hip hop
Na Escola Municipal Núcleo Habitacional Dunas o assunto foi cultos religiosos e hip hop. As crianças do programa Mais Educação ficaram sabendo que palavras como camundongo, capenga, mazanza, fandango e cacimba vieram para o Brasil com o povo africano. André Almeida e Adriane Ribeiro, do Coletivo Negada, ministraram a oficina, que abordou a religiosidade negra e o Movimento Hip Hop como símbolo da resistência negra. “Ainda existe muito preconceito e metade da população é negra. Não se discute a religiosidade do negro”, ressalta André. A professora Raquel Rodrigues, coordenadora do programa na escola, aprovou o trabalho e disse que outros Agostos Negros virão no educandário.  

link da notícia: http://www.diariopopular.com.br/index.php?n_sistema=3056&id_noticia=NzMwNDc=&id_area=Mg==

terça-feira, 27 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Atividades do dia 27, terça-feira.

Hoje as atividades começam às 14hrs espantando o frio!!!!

Reconhecendo a Habitação com Lívia Damé na EMEF Ferreira Vianna (Rua João Thomaz Munhoz, 321 - Balsa)
E também às 14hrs na EMEF Dunas (Rua 1, 470 - Dunas), Oficina de Religiosidades Afro-brasileiras e hip-hop com Adriane Ribeiro e André Almeida.



E às 19 hrs no Colégio Municipal Pelotense (Rua Marcílio Dias, 1597 - Centro), Oficina de Técnicas de Desenho com Jonas Fernando.
 E no Espaço Kontra-kultural Casa 171 (Rua XV de Novembro, 171 - Centro), Oficina Trapézio e Tecido Aéreo com o Cirko Akrata.


Cheguem mais e se aqueçam conosco!!!

domingo, 25 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Atividades do dia 25, domingo.

E agora pela tarde... Que tal um filme com bate-papo.?!
Agora lá no Espaço Kontra-Kultural Casa 171 (XV de novembro, 171) está rolando o filme Menino Joel, um documentário sobre a história de um menino da Capoeira na Bahia que foi proibido pela Polícia Militar bahiana. Porquê será..? O debate com Edson pode te nortear!

 Logo depois tem oficina com Inda Rulio de Introdução à pintura. É só chegar!

E devido à chuva o Sofá na Rua ia molhar, e foi transferido para o dia 1 de setembro! Hoje fique de boas na Casa 171 com filmezinho e pinturas e dominguera próxima balancem o esqueleto na Casa mais Fora do Eixo de Pelotas!


Te esperamos!

sábado, 24 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Atividades do dia 24, sábado

Hoje o sábado está recheadíssimo de atividades para aquecer o corpo e balançar o esqueleto no climinha frio de Pelotas!
Cheguem povo é tudo nosso!

Lançamento do livro "O ser Capoeirista" do Jarrão no Casarão 6.

Mostra de LP's de Capoeira com Cabeleira  e Discotecagem com Marquinhos e Denilson Dias (Rasta Sul) na Woodstock Discos (R. General Telles, 807-Centro).

 Por motivos de chuva a Mostra Ritu Den-Cidade com Cristiano Araújo não vai rolar. Mas em breve a mostra será divulgada em um próximo evento!
Para acalmar o fim da tarde (18:45) exibiremos o Doc Barro Duro, sobre a praia mais negra do RS.


Esperamos a todXs com simpatia e batucada!
UHURU

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Atividades do dia 23, sexta-feira

Sexta-feira fechamos uma semana de atividades do III Agosto Negro - Mobilizando a Negra Luta!

Oficina de Tie-Dye

Na Escola Nossa Senhora dos Navegantes (Rua Zumbi dos Palmares, 295 - Navegantes I) às 14 horas. Ministrada pelo Alan Jenisch

O Tie-Dye consiste na técnica de amarrar e tingir permitindo fazer efeitos de diferentes formas e cores em tecidos. Esses efeitos de cores e formas tomou grandes proporções e divulgação com o movimento hippie, nascido nos Estados Unidos na década de 60 e que carregava em sua ideologia a paz, o amor e a liberdade.
Sua origem então acredita-se estar associada a técnica de Batick que surgiu em tribos africanas do Egito Antingo e da Messopotâmia que descobriram como extrair corantes naturais de uma série de plantas e assim realizavam o tingimento em tecidos. Essa técnica com o passar do tempo se tornou um verdadeiro instrumento cultural, que servia para refletir a cultura exuberante da África, com suas estampas grandes, cores fortes e contrastantes, que lembram terra, rituais, florestas, símbolos tribais.
A partir do período das grandes navegações e intensos intercâmbios culturais, mais paises conheceriam a arte do tingimento de tecidos, desenvolveriam suas próprias técnicas e métodos, sendo adaptada aos padrões culturais e artísticas dos diferentes povos. O tie-dye que conhecemos hoje é, principalmente, fruto da interação entre os diferentes movimentos e técnicas que existem ao redor do planeta.

OBS.: Quem for participar da oficina da Tye Die, é importante levar uma peça de roupa para fazer a técnica africana de tingimento, ok?



Diálogos contemporâneos: "Desafios de Resistência Étnico-Religiosa hoje"

Na FaE - Faculdade de Educação UFPel (Rua Alberto Rosa, nº 154, Sala 352), às 19h30.
Mediado pelo Prof. Diego Pereira e pela Profa. Eliane Rubim, integrante do Coletivo Negada.

Ação que integra a SEMANA DO FOLCLORE e que cria um momento propício para discutir as questões Étnicas e Religiosas (UMBANDA) nos dias de hoje.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Programação dessa quinta, dia 22.

Que chuva que nada, o Agosto Negro não pára!!!

Oficina de Percussão

No Ginásio Estadual do Areal (Av. Domingos de Almeida, 2684 - Areal) às 14 horas.

Ministrado pelo percusionista Patrezi.

Depois de uma longa viagem de bicicleta pelo Brasil, conhecendo os tambores artesanais e tradicionais, Patrezi compartilha seus saberes em uma breve oficina sobre ritmos percussivos brasileiros.

Oficina de Capoeira Angola "O cativeiro e as voltas que o mundo dá"

Na Escola de Ensino Fundamental Nossa Senhora dos Navegantes (Rua Zumbi dos Palmares, 295 - Navegantes I) às 15 horas.

Ministrado pela Luana Falcão, Alisson e Daniel.

A capoeira apareceu no Brasil como luta contra a escravidão. E como já diz a ladainha "É malícia de escravo em busca de libertação".
A capoeira de Angola é uma escola de fundamentos que busca cultivar os ensinamentos passados de geração em geração pelos Mestres que dedicaram e os que dedicam a sua vida a essa arte, e tem também como premissa conservar o respeito pelos nossos ancestrais, em especial aos negros trazidos escravizados da África.
Capoeira nasce da resistência, da necessidade de se defender, da vontade de sobreviver, de viver e do desejo de ser livre. Nessa oficina serão trabalhados alguns aspectos de movimentos vindos da Senzala, da restrição do espaço, do confinamento ao qual os escravos eram submetidos. Serão trabalhados dentro desse contexto histórico a queda-de-quatro, a cocorinha, movimentos basicamente no chão, de ataque, defesa e deslocamento.
A partir da música também será contada um pouco da história da capoeira no Brasil e o contexto social da escravidão na época.

Religiosidade Afro e Hip-Hop

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Piratinino de Almeida (Av. Domingos de Almeida, 4057 - Areal) às 19 horas.

A graduanda em Antropologia propõe contar uma etnografia sobre família e parentesco na religião afro brasileira.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Não Pára!!!! Programação do dia 21, quarta-feira

Vamosimbora que o bonde não pára!

Para hoje temos:

Técnicas de Permacultura

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas (Av. 2 - Loteamento Getúlio Vargas, sem número) às 14 horas
Ministrado por Ricardo do projeto Casa Verde

Serão identificados conceitos básicos de permacultura, e como atividade prática, serão construídos placas de isolamento térmico, reutilizando embalagens de caixas de leite e de ovos.

Pensando as Cotas Sociais - Um ano da lei 12.711/12

Na Escola Estadual de Ensino Básico Dr. Antônio Leivas Leite (R. Leopoldo de Souza Soares, 333 - Cohab II) às 19 horas.
Ministrado por André Almeida, integrante do Coletivo Negada

Passado um ano da Lei de Cotas, nos cabe refletir seu percurso histórica, ante  uma constituição federal que desde sempre desfavoreceu negros e pobres. A oficina procura refletir essa trajetória através da história do direito brasileiro. Além de informar sobre o ingresso via cotas nas instituições de ensino federal

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Programação para o dia 20 de agosto - terça-feira

Para hoje, terça-feira, dia 20, seguimos com as seguintes atividades:


Contação de Histórias da Mestre Griô Sirley Amaro

Na Escola Municipal Piratinino de Almeida (Av. Domingos José de Almeida, 4057 - Areal, Pelotas - RS, 96085-470)

Por meio da contação de histórias, a nossa Mestre Griô leva as crianças participantes a refletir sobre o significado de algumas palavras que fazem parte das histórias desta Mestre, que envolvem a cultura Negra da cidade de Pelotas, tão quanto o Estado do RS, além de alguns artefatos da cultura popular como os instrumentos musicais utilizados por ela e o " FUXICO", norteadores das histórias nesta oficina.



Capoeira Angola

No Tablado do Curso de Teatro da UFPel (Almirante Tamandaré esq. Alberto Rosa), às 14 hs.
Ministrada pelo Professor Cláudio Carle (Antropologia - UFPel)

Serão duas horas de atividade mais um momento teórico com descrição do universo da capoeira angola e das razões de sua existência. Aprendizado de movimento de ataque e defesa em capoeira angola e aprendizados sobres toques musicais na capoeira angola.

Conferência "Mundo Atlântico e escravidão moderna ou pensar a modernidade à partir da escravidão"


No Centro de Integração Mercosul (Andrade Neves, 1529), às 15 hs.
Ministrado por Jarbas Lazzari

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

III Agosto Negro - Novo dia e local para oficina de Capoeira Angola.

Pedimos desculpas a tod@s que compareceram nas Escola Municipal Ferreira Vianna para a Oficina de Capoeira Angola. Informamos novo data e local da atividade.

Capoeira Angola

Será amanhã, 20 de agosto, no Tablado do Curso de Teatro da UFPel (Almirante Tamandaré esq. Alberto Rosa), às 14 hs.
Ministrada pelo Professor Claudio Carle (Antropologia - UFPel)

Serão duas horas de atividade mais um momento teórico com descrição do universo da capoeira angola e das razões de sua existência. Aprendizado de movimento de ataque e defesa em capoeira angola e aprendizados sobres toques musicais na capoeira angola.

III Agosto Negro - Programação para o dia 19 de agosto

Alongamento geral com técnicas de Yoga

No Espaço Kontra-Kultura Casa 171 (Quinze de Novembro, 171), às 19h.
Ministrada pela Professora Inda.

Oficina prática de alongamento geral com ténicas de yoga, perceber nossa respiração e unificar-la a nossos movimentos para sentir o corpo leve e descontraído. Beneficiando a saúde mental e física.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Partiu!!! III Agosto Negro - Mobilizando a Negra Luta



Edição do evento entra no seu terceiro ano
Afirmando a Luta Negra em Pelotas
Rubinei Machado será o homenagiado do III Agosto Negro

Do dia 16 ao 31 de agosto, espaços da cidade estarão permeados de práticas voltadas a valorização da auto-estima da (invisibilizada) comunidade negra pelotense. É o III Agosto Negro – Mobilizando a Negra Luta que inicia seu vasto cronograma de atividades na sexta-feira dessa semana no Colégio Municipal Pelotense.

Pelotas é uma das cidades na história do Brasil, que tiveram uma das maiores concentrações de riqueza no período colonial. Infelizmente, tudo isso graças a mão de obra escrava que trabalhou no charque séculos afora. Mantendo até hoje a cultura de sobrenomes e heranças das famílias escravistas.
Desde 2011, vem ocorrendo na cidade, um intenso mês de atividades, organizado pelo Coletivo Negada. que visam refletir, por meio de ações juntamente as juventudes periféricas, a história e a importãncia do negro para a construção cultural, arquitetônica, econômica e social da Princesa do Sul. O evento é conhecido como Agosto Negro, e em 2013 entra na sua terceira edição, visando debater as questões carcerárias, incluindo a proposta governamental de redução da maioridade penal, entre os dias 16 e 31 de agosto.
O Agosto Negro surgiu na década de 70 nos Estados Unidos com o objetivo de durante um mês levar as pessoas a uma reflexão acerca da discriminação e da desigualdade de direitos entre negros e brancos. Além disso visa a difusão dos Movimentos de Luta Negra, em memória aos vários militantes presos e assassinados em prol do respeito e a dignidade do povo negro.

O evento se espalhou por vários cantos do mundo, como Caribe, África do Sul, França e Rússia. Desde 2002, quando a Coordenadoria da Juventude da Prefeitura de São Paulo, em parceria com a Coordenadoria de Assuntos da População Negra, trouxe a mobilização para o Brasil, o país integra o calendário mundial dos eventos que formam o Agosto Negro, ocorrendo em cidades como Salvador e São Luiz.
Em Pelotas, a terceira edição tem como temática “Mobilizando a Negra Luta”.
A proposta esse ano é que sejam oferecidas à comunidade pelotense (em espaços educacionais, praças, instituto de menores, etc.) atividades descentralizadas, permeando ações de empoderamento e autonomia através da arte, saúde, educação e economia solidária.
A atividade não visa fins lucrativos, e conta com o trabalho voluntário de grupos e indivíduos que são e se fazem parceiros na luta antirracista.

A abertura do evento, marcada para o dia 16 de agosto às 19 horas, acontece no Ginásio do Colégio Municipal Pelotense (R. Marcílio Dias, 1597 – Centro). Nesse dia haverá uma mostra das atividades que irão ocorrer durante as duas semanas do evento, uma discussão sobre a redução da maioridade penal, além de uma homenagem ao ex - militante do Movimento Negro, Rubinei Machado, falecido no começo desse mês. Rubinei foi presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra, Diretor Cultural do Clube Cultural Fica Ahí e membro do Fórum #COTASSIM Pelotas.
Sabrina Souza, militante do Coletivo Negada, explica que mesmo o próprio coletivo surgiu através do apoio do Rubinei, personagem que sempre lutou pela emancipação e a reparação por parte do Estado aos crimes cometidos à população negra. “Por isso esse Agosto Negro será dedicado à ele”, afirma Sabrina.
O Coletivo Negada é um coletivo autônomo de estudantes negros e negras, que utiliza da cultura afro e a educação como ferramentas de luta contra os vários tipos de discriminação racial. Surge no mesmo ano da primeira edição do I Agosto Negro, que teve como temática Memória e Identidade, que fez um resgate das ações dos Clubes Negros da cidade.
Para conhecer um pouco mais a programação do III Agosto Negro – Mobilizando a Negra Luta, e a trajetória do Coletivo Negada basta acessar o blog coletivo-negada.blogspot.com.

por Lili Rubim
militante do Coletivo Negada


George Jackson

George Jackson nasceu em Chicago, Illinois, em 23 de setembro de 1941.Para muitos, ele é ainda desconhecido, mas para o imperialismo ianque ele era um perigo iminente. Por isso, George Jackson passou mais de uma década detido, sendo os sete últimos anos em completo isolamento, em quatro diferentes cárceres, sustentando firmemente sua inabalável convicção revolucionária.

George Jackson foi prisioneiro político do maior inimigo dos povos do mundo, o USA, um incansável lutador pelos direitos dos pobres, dos negros e de todos os povos do mundo.

Na cadeia, Jackson resistiu à brutalidade e se forjou como aço, se educou através da luta contra o sistema prisional bestial. Com Malcolm X, Frantz Fanon, Stokely Carmichael, e outros defensores dos direitos dos negros no USA, edificou uma fortaleza que só pôde ser suplantada pelo Estado através de seu assassinato.
George Jackson foi um dos fundadores e o membro mais destacado da Família da Guerrilha Negra (Black Guerrilla Family), organização revolucionária clandestina criada desde as prisões pelo Partido dos Panteras Negras, cujos membros constituíam um exército para executar ações armadas.

retirado do blog>http://conscienciarevolucionaria-kassan.blogspot.com.br/2010/10/george-jackson-inimigo-do-estado-ianque_9050.html

Agosto Negro e sua história




O Agosto Negro se  originou nos campos de concentração da Califórnia(prisões) para homenagear Freedom Fighters(guerreiros da liberdade) caidos, Jonathan Jackson, George Jackson, William Natal, James McClain e Khatari Gaulden. Jonathan Jackson foi morto a tiros fora do Marin County Califórnia tribunal em 7 de agosto de 1970, enquanto tentava libertar três Combatentes da Libertação pretos presos: James McClain, William Natal e Ruchell Magee.

Ruchell Magee é o único sobrevivente de que a rebelião armada. Ele é o ex-co-réu de Angela Davis e foi preso por 40 anos, a maior parte em confinamento solitário. George Jackson foi assassinado por guardas da prisão durante uma rebelião na prisão de Black San Quentin em 21 de agosto de 1971. Três agentes penitenciários também foram mortos durante rebelião, os funcionários da prisão acusaram seis prisioneiros negros e latinos com a morte desses guardas.
Estes seis irmãos ficaram conhecidos como o San Quentin Six. Para honrar esses soldados caídos os irmãos que participaram da fundação coletiva do Agosto Negro usavam braçadeiras negras em seu braço esquerdo e estudou obras revolucionárias, enfocando as obras de George Jackson.

No mês de agosto, os irmãos não ouviram o rádio ou assistiram televisão. Além disso, eles não comiam ou bebiam nada de sol até ao pôr do sol, e comportamento alto e arrogante não era permitido. Os irmãos não suportavam a  cantina da prisão. Foi proibido o uso de drogas e bebidas alcoólicas e os irmãos realizavam exercícios diários, porque durante a Black agosto ênfase é colocada em sacrifício, coragem e disciplina. O Agosto Negro é tempo de abraçar os princípios de unidade, auto-sacrifício, educação política, formação física e resistência.

A tradição do jejum durante a Black agosto ensina auto-disciplina. A consciência é a velocidade com efeito de sol a sol (ou sugerido 6h00 - 20:00), isso inclui abster-se de beber água ou outros líquidos e comer alimentos de qualquer espécie durante esse período. Algumas outras sacrifício pessoal pode ser feita tão bem. A refeição sol é tradicionalmente compartilhado sempre que possível entre companheiros. Em 31 de agosto, Festa do Povo é realizada e o jejum é quebrado. Preto jejum agosto deve servir como um lembrete constante das condições de nosso povo enfrentaram e ainda enfrentam. O jejum é desconfortável, às vezes, mas é bom lembrar a todos aqueles que vieram e se foram antes de nós, Ni Nkan Mase, se estamos grandse hoje é porque nós estamos sobre os ombros de muitos antepassados.

A propagação e crescimento de Black agosto

O Agosto Negro é um tempo para estudar e praticar educação e divulgação sobre nossa história e as condições atuais do nosso povo. No final dos anos 1970 o Agosto Preto foi transferido  dos campos de concentração(prisões) da Califórnia para comunidades neo-africanas em toda a Califórnia e os estados unidos. Como a prática o  agosto preto e sua tradição  se espalhou, cresceu a observando não só os sacrifícios dos irmãos nos campos de concentração da Califórnia, mas os sacrifícios e lutas dos nossos antepassados ​​contra a supremacia branca, colonialismo e imperialismo.
No final dos anos 1970, a observância e prática do Agosto Negro deixou as prisões da Califórnia e começou a ser praticado por Black / New Afrikan revolucionários em todo o país. Os membros do Movimento de Nova Independência Africana (New Afrikan Independence Movement/NAIM)  (NAIM) começou a praticar e difundir o Agosto Negro, durante este período. O Movimento de Base Malcolm X (Malcolm X Grassroots Movement (MXGM) /MXGM) herdou o conhecimento ea prática do Agosto Negro de sua organização-mãe, a Organização do novaspessoas africanas (New Afrikan People’s OrganizationNAPO). MXGM através do Projeto Hip Hop Agosto Negro começou a introduzir a comunidade Hip-Hop no Agosto Negro , no final de 1990 depois de ter sido inspirado pelo político exilado Novo Africano(New African) Nehanda Abiodun.