Encontro na Reitoria discute operacionalização do sistema de cotas sociais
18 de Junho de 2013
Mauro Del Pino explicou que a não destinação de 40% das vagas para cotistas no ingresso de verão deveu-se à inobservância desse percentual pelo próprio Ministério da Educação no Processo de Seleção Unificada (Sisu), o que não deverá repetir-se nas próximas listagens e chamadas orais.
A diretora do DRA, Ediane Cunha, disse que há necessidade de adaptar os currículos, contemplando as diversas culturas étnicas. “Não basta prover ao estudante cotista recursos para compra de materiais pedagógicos se não promovermos sua inclusão social”, afirmou.
O sistema de cotas movimenta também a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Prae), que procura atender às novas demandas com um quadro funcional reduzido e limitações financeiras. Mesmo assim, houve aumento no número de programas: auxílio alimentação, auxílio transporte, auxílio pré-escolar, instrumental odontológico, auxílio moradia, moradia estudantil e auxílio deslocamento.
É consenso na UFPel a existência de políticas afirmativas em relação às comunidades minoritárias ou socialmente excluídas, como quilombolas e indígenas. Também é urgente um sistema de acompanhamento dos estudantes, pois é grande o índice de reprovação por mau aproveitamento escolar.
O ingresso na Universidade
No encontro, os representantes do Cotassim descreveram ações buscando garantir os percentuais mínimos de ingresso na UFPel e que a reserva de vaga se mantenha até a última etapa.
De sua parte, o reitor Mauro Del Pino tranquilizou o grupo ao fazer uma minuciosa exposição sobre a forma como a seleção se processará doravante. Deixou claro que os alunos cotistas poderão ser selecionados de duas formas: pelo sistema universal, se alcançarem o desempenho necessário no Enem, ou, num segundo momento, pelo sistema de cotas sociais.
Outro alternativa, já adotada por outras instituições e que poderá ser implementada pela UFPel, é a criação de vagas suplementares, destinadas a atender segmentos sociais específicos como indígenas e quilombolas. A PRG se comprometeu a fazer um levantamento dos cursos onde poderia haver esta disponibilidade, para, posteriormente, confrontá-la com as demandas dos movimentos sociais. Entretanto, as tratativas deverão seguir todas as instâncias de discussão no âmbito da Universidade.
Ao final do encontro, foi acertado o estabelecimento de uma agenda de trabalho entre o Fórum e a UFPel, coordenada pelo Núcleo de Apoio e Inclusão (Nai) e envolvendo outras áreas da Universidade, bem como a elaboração de materiais de divulgação junto a escolas da rede pública estadual e municipal sobre a política de cotas da instituição.
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